Esses dias eu estava me lembrando de um dos meus jogos favoritos de todos os tempos, se chama Shatterhand, lançado em 1991 para o NES desenvolvido pela Natsume, empresa de alguns clássicos como Oicky & Rocky e alguns Harvest Moon.
Eu me lembrei porque Shatterhand é um jogo de ação em plataforma bem focado em combates a curta distancia, e que quer ser cool, do jeito que os anos 90 mandavam tudo ser COOL! O jogo se passa em 2030, um grupo de milicianos chamado Metal Command, liderados pelo General Gus Grover querem dominar o mundo com seu exercito de ciborgues robôs.
Você controla Steve Hermann, um jovem policial que perdeu os braços em uma luta contra o Metal command, estilo Robocop mesmo, e depois disso ele recebe braços ciberneticos pra virar um super agente chamado Shatterhand! E agora é seu dever sair na porrada contra todos os ciborgues e derrotar Gus Groover! É tão tosco que é super legal! Claro que no jogo não tem quase nada disso, é só no manual mesmo.
Uma curiosidade interessante é que originalmente, lá no Japão, Shatterhand se chama Tokkyū Shirei Solbrain, e pra quem não conhece, Solbrain é um metal hero, aqueles heróis espaciais japoneses, e a série chegou a passar no Brasil com o nome de Super Equipe de Resgate Soulbrain, em 1995 pela Manchete. Portanto o jogo original meio que segue a historia da série de TV, os sprites são diferentes, e o protagonista ganha poderes referentes a série no original e vira um robô genérico na versão ocidental quando ganha poderes máximos.
Shatterhand é um jogo super tradicional, se você já jogou Ninja Gaiden ou Batman no Nintendinho vai se sentir em casa aqui, tem os mesmos controles precisos, dificuldade alta, e exige que você aprenda como cada obstáculo funciona para poder vence-lo, a maior diferença são nos power ups, colecionando alguns itens você ganha pequenos robôs com diferentes habilidades, que auxiliam no ataque ou defesa, dependendo do seu estilo preferido de jogar, se é mais "pra cima" dos inimigos ou não.
O maior charme pra mim é a apresentação do jogo, os gráficos são lindos, super detalhados cheios de animações, a intro da seleção de fase (que é estilo Megaman) é super estilosa, e a trilha sonora que acompanha o jogo inteiro é incrível, algumas das melhores músicas do NES para jogos de ação, é uma experiencia curta mas muito empolgante, cada fase tem uma pequena gimmick que força você a reaprender a jogar além de uma boa variedade de inimigos e cenários.
Esse é o meu tipo de jogo favorito, sentar e jogar, sem grandes arvores de habilidades, mundo aberto, ou historia vencedora de Oscar! E felizmente a cena indie ainda consegue me trazer esse sentimento de vez em quando, vou encerrar o post indicando um jogo moderno e brasileiro sensacional chamado Blazing Chrome.
O Blazing Chrome tem muitas inspirações em Contra Hard Corps, desde o estilo run and gun até a direção de arte, porém ao terminar a campanha você libera novos personagens que possuem habilidades diferentes, eles não tem armas de fogo, e sim ataques de curto alcance que me lembraram muito de como Shatterhand funcionava, pois em ambos os jogos o ideal é você ser agressivo e partir pra cima dos inimigos após aprender tudo sobre a física e as mecânicas que o jogo apresenta pra você usar contra os inimigos.
Em breve volto com mais dicas!